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segunda-feira, 28 de abril de 2008

FÍSICA E QUÍMICA


Economizar no que for possível
Como você pode entrar no grande esforço coletivo para racionalizar o uso de energia?


Vou propor um desafio: você tem dez segundos para correr todos os cômodos de sua casa e tentar identificar alguma forma de desperdício de energia! Quer uma ajuda? Observe, por exemplo, se tem alguma lâmpada acesa desnecessariamente, se o chuveiro está ligado na temperatura alta, esperando por alguém que nem chegou ao banheiro ou se o rádio está cantando para os mosquitos. Caso perceba alguma falha desse tipo, seja rápido e contorne a situação. Surgindo alguma reclamação, diga que você está agindo pelo bem da natureza.

Veja que não é difícil identificar os casos de desperdício. Em épocas de ameaça de "Apagão", todo cuidado é pouco. Até que o país concretize investimentos em fornecimento de energia (e mesmo depois disso), economizar é a palavra-chave. Afinal, melhor isso que ficar sem luz.

Já pensou em um mundo sem energia elétrica? Pense também no que seria de nós sem a gasolina e o óleo diesel, por exemplo. Os meios de transporte não teriam se desenvolvido tanto. Logo, estaríamos todos limitados a percorrer distâncias mais curtas do que podemos percorrer em um ônibus ou avião. Isso seria ruim para tudo, pois nosso mundo ficaria menor, teríamos menos oportunidades para ganhar novos conhecimentos etc.


Acho que já deu para se convencer de que nós realmente dependemos dessas formas de energia. Mas o "X" do problema está nas usinas térmicas, refinarias de petróleo, centrais hidrelétricas etc. Essas indústrias transformam as fontes de energia da natureza em formas de energia adequadas para o nosso uso final. Colaboram, assim, para o nosso desenvolvimento e conforto mas, ao mesmo tempo, podem agredir o meio ambiente, seja com a poluição do ar, a inundação de grandes áreas ou com o risco de desastres ecológicos.

A saída não está em voltar a viver como no tempo das cavernas. A idéia é usar a energia de maneira inteligente. O que, em outras palavras, quer dizer economizar para que não tenhamos de construir tantas unidades industriais de transformação de energia. Além disso, precisamos buscar alternativas que provoquem menos danos ao meio ambiente.

Mas por que falamos em fontes "alternativas" de energia? Porque, hoje, representam muito pouco de nosso consumo, se comparadas ao que rendem a eletricidade e o petróleo. Isso não quer dizer que os pesquisadores desistiram. Não, novos métodos seguem sendo estudados, para obter energia abundante e limpa.

Um exemplo vem do Brasil: o álcool. O Brasil não produz todo o petróleo de que precisa. Por isso, compra de outros países a quantidade que falta. Para evitar que o país gaste muito dinheiro com essa compra e para reduzir a necessidade de combustíveis como a gasolina e o óleo diesel, os pesquisadores descobriram que a cana-de-açúcar pode fornecer o álcool, um combustível alternativo para os automóveis. O melhor dessa história é que a cana, produto típico do Brasil, é uma fonte renovável de energia, pois pode ser plantada na quantidade de que precisamos. Outro ponto é que a produção do álcool, assim como a sua queima para fazer os carros andarem, polui menos o ar do que a transformação do petróleo e a queima dos combustíveis que derivam dele.

Mas até que o volume de energia de que precisamos possa ser suprido por essas fontes alternativas, o jeito será continuar dependendo das fontes tradicionais: petróleo, hidreletricidade e energia nuclear. E o melhor a fazer é encontrar meios de usar mais eficientemente essas fontes. Veja o que dá para fazer em casa:

Bom, depois disso tudo, acho que você pode aproveitar a hora do jantar e fazer um discurso para conscientizar sua família da necessidade de poupar energia e também da importância das fontes alternativas. Capricha, hein!


Emilio Lèbre La Rovere
Programa de Planejamento Energético,
Coppe / UFRJ

Um comentário:

Anônimo disse...

Blog EXCELENTE! Parabéns a todos.
Benito