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domingo, 6 de abril de 2008

NEWTON: UM GÊNIO SOLITÁRIO


Quando perguntaram certa vez a Isaac Newton como fizera as suas grandes descobertas, ele respondeu: "pensando sempre nelas". Também se conta que teria dito:"matenho o tema constantemente diante de mim e espero que os clarões da alvorada, pouco a pouco, se transformem em plena luz".
Esta capacidade de concentração é uma qualidade particular do gênio de Newton e se ajusta muito bem a seu caráter e à sua personalidade. Fooi um homem solitário, sem amigos próximos ou íntimos, sem confidentes. Nunca se casou, passou a juventude sem pai - que morreu antes do nascimento do jovem Isaac, no Natal de 1642 - e sem mãe - que se casou dois anos depois e deixou o filho para ser criado pela avó idosa.
Este homem solitário desenvolveu o poder de manter em sua mente um determinado problema durante horas, dias e semanas, até encontrar a sua solução. Aí então ficava satisfeito em guardar a descoberta para si mesmo, sem cominicá - la a ninguém. Já se disse, por isso, que toda descoberta de Newton teve duas fases: ele fazia a descoberta e depois os outros tinham que descobrir o que ele havia descoberto.
As sementes das grandes realizações de Newton datam de um período de cerca de 18 meses, depois de sua formatura, quando a universidade em que estudava fechou devido à peste negra, e ele voltou à fazenda da família, onde havia nascido.
Foi lá, nessa época, que ele descobriu a lei da gravitação universal, os fenômenos ópticos relacionados com a luz e a cor, a dispersão e composição da luz branca. Aí também projetou e construiu um novo tipo de telescópio, que, nos três séculos seguintes, foi o mais poderoso instrumento dos astrônomos.
O restante de sua vida científica foi dedicado ao desenvolvimento e à elaboração das descobertas que havia feito. Entretanto, depois dos primeiros anos de sua vida adulta, Newton passou a dedicar a maior parte do seu tempo a questões religiosas, místicas, estudando intensamente a alquimia e fazendo experiências com objetivos até hoje desconhecidos.
Pouco antes de sua morte, em 1727, comentou: "Não sei como o mundo me julgará. para mim mesmo, me vejo como um garoto brincando na praia, divertindo - se aqui e ali por achar uma pedra mais polida ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto que grande oceano da verdade permanece desconhecido em minha frente".

(Adaptado de um artigo de I. Bernard Cohen, publicado no livro Física 1 - Tipler. Guanabara, Rio de Janeiro.)

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